"O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coisas simultaneamente". (Texto budista)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O Frasco de Maionese e Café...



Olá queridos... 

Depois de um tempinho afastada, retornei com uma postagem bastante interessante... 

Li esse texto há alguns anos atrás e de alguma forma ela marcou minha vida. Espero que vocês gostem e a cima de tudo, coloquem em prática pois, ela pode de alguma forma, mudar nossas vidas para melhor.

Quando as coisas na vida parecem demasiado, quando 24 horas por dia não são suficientes...Lembre-se do frasco de maionese e do café.


Um professor, durante a sua aula de filosofia sem dizer uma palavra, pega num frasco de maionese e esvazia-o...tirou a maionese e encheu-o com bolas de Golf.



A seguir perguntou aos alunos se o Frasco estava cheio. Os estudantes responderam sim.


Então o professor pega numa caixa cheia de pedrinhas e mete-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de Golf.

O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim.

Então...o professor pegou outra caixa...uma caixa cheia de areia e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios e uma vez mais o professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam em unânime "Sim !".

De seguida o professor acrescentou 2 xícaras de café ao frasco e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes nesta ocasião começaram a rir-se...mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes:

'QUERO QUE SE DEEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA A VIDA'.

As bolas de Golf são as coisas Importantes: 

como a FAMÍLIA, a SAÚDE, os AMIGOS, tudo o que você AMA DE VERDADE.

São coisas, que mesmo que se perdêssemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias.

As pedrinhas são as outras coisas que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc.

A areia é tudo o demais, as pequenas coisas.

'Se puséssemos em primeiro lugar a areia no frasco, não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de Golf. 

O mesmo acontece com a vida'.

Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes.

Preste atenção às coisas que são cruciais para a sua Felicidade.

Brinque ensinando os seus filhos,

Arranje tempo para ir ao medico,

Namore e vá com a sua/seu namorado(a)/marido/mulher jantar fora, Dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos

Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa, arrumar o carro...

Ocupe-se sempre das bolas de Golf em primeiro lugar,  porque representam as coisas que realmente importam na sua vida.

Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia...

Porém, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representaria, então, o café.

O professor sorriu e disse:

'...o café é só para vos demonstrar, que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo.'


Até a próxima queridos amigos e leitores... 
Grande abraço... 
Assistam ao vídeo, vale a pena... 
Linda vida sempreeee...
Profª Jeana Andréa


'Mais do que máquinas precisamos de humanidade.
Mais do que inteligência precisamos de afeição e doçura.
Sem essas virtudes a vida será de violência e tudo estará perdido.'
(Charles Chaplin)

domingo, 6 de maio de 2012

Vantagens de Ser Professor...



‘A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.’ (Paulo Freire)


Olá queridos... Faz tempinho que não publico por aqui. Sabem como é vida de professora, né? Tudo muito corrido, porém, sempre feito com AMOR.
E é justamente sobre essa vida de professor que gostaria de conversar com vocês. Tenho observado, nesses últimos tempos, muitas reclamações (principalmente de colegas professores) sobre as ‘desvantagens’ de ser professor. E confesso ficar muito triste com isso. Quando assumi, há 13 anos, a missão de SER PROFESSORA, realmente tinha aquela noção distante que professor ganhava bem e tinha vida mansa... Ledo engano. Junto a esse pensamento vieram  noites mal dormidas, provas para preparar e corrigir, planos de aula, reclamações de pais, falta de material, salários baixos,  e toda aquela velha ‘ladainha’ que estamos saturados de tanto ouvir.
Ai, justamente ai, caiu-me a dita ‘ficha’: MAGISTÉRIO É AMOR... É paixão, é doação... É plantio. E quem não conceber nossa profissão assim, me perdoe, mas deve procurar outra profissão...
De tanto ouvir falar nas desvantagens de ser professor, publico hoje: AS VANTAGENS DE SER PROFESSOR!
Recebi por email e repasso o texto tal e qual recebi, mas que vem ao encontro da forma como penso e ajo.

VANTAGENS DE SER PROFESSOR

"Já que todos sabem as desvantagens - de cor e salteado - vou escrever sobre as vantagens de realizar o belo trabalho de contribuir para a formação dos homens do futuro.

Para começo de reflexão, se você quer ver alguma vantagem em ser professor, precisa fazer ou ter feito esta escolha por vocação, jamais por status ou por dinheiro. Se este é o seu caso, provavelmente, concordará comigo em vários pontos:

* ao ensinar nós também aprendemos e nos atualizamos todos os dias;
* convivemos com alunos de diferentes faixas etárias e adquirimos mais experiência em tempo recorde;
* somos pontes e fontes, ao mediar o conhecimento, além de ajudarmos a construir um mundo mais justo e solidário de pessoas conscientes, críticas e que reivindicam seus direitos;
* ao ministrarmos aulas, podemos conquistar o respeito, a amizade e a admiração dos nossos alunos para o resto da vida;
*temos amigos nos mais diferentes setores da sociedade. É bastante comum encontrarmos alunos e ex-alunos que, na maioria das vezes, nos recebem com um sorriso de satisfação e relembram, com saudade, o tempo passado nos bancos escolares - isto é gratificante;
* vez por outra, somos surpreendidos com gestos de carinho e gratidão que fazem nossa auto-estima ir às alturas;
* e depois da missão cumprida, de ambas as partes, sentimos prazer e alegria ao vê-los brilhando. Sabermos que temos uma parcela de contribuição no seu êxito é impagável. Este resultado concreto do nosso trabalho é uma prova da relevância desta profissão."
Fonte: blog: O mundo de Josselene.

Como nos diz Ruben Alves:

 ‘O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.’

É aí que me refiro sempre...
Assistam aos vídeos... são bárbaros.
Paz sempre Paz...
BjOo carinhoso,
Profª Jeana Andréa






quarta-feira, 21 de março de 2012

Igualdade na Diversidade


Queridos amigos, o texto que trago hoje, toca-me a alma, sempre que o leio.
Mas, antes do texto, vamos delimitar alguns conceitos importantes e imprescindíveis.
Portadores de deficiência: São pessoas que possuem – em caráter temporário, intermitente ou permanente – necessidades especiais decorrentes de sua condição atípica e que, por essa razão, enfrentam barreiras para fazer parte da sociedade, com oportunidades iguais à maioria da população. As deficiências podem ser:
1 – Deficiência mental, física, auditiva, visual ou múltipla.
2 – Autismo.
3 – Dificuldades de aprendizagem.
4 – Insuficiências orgânicas.
5 – Déficit de atenção (com ou sem hiperatividade).
6 – Distúrbios emocionais.
7 – Transtornos mentais (ai incluí-se paralisia cerebral, síndrome de down, etc.).
Essas deficiências podem ter causas genéticas ou acidentais. Dentro desse contexto, geram-se duas classes: os que nasceram com determinadas deficiências e necessitam aprender a utilizar capacidades que dispõem e aqueles que tinham habilidades normais e perderam em decorrência de um acidente ou enfermidade e precisam ‘re’ aprender a viver em sociedade em detrimento as habilidades perdidas.
Integração e Inclusão: O termo integração remonta as décadas de 60 e 70 quando era baseada no ‘modelo médico’, cuja proposta visava modificar (habilitar, reabilitar, educar) a pessoa com deficiência, para torná-la apta a satisfazer os padrões aceitos no meio social. Já a prática de inclusão, iniciou na década de 80 e consolidou-se nos anos 90, seguindo o modelo social, segundo a qual a nossa tarefa é modificar a sociedade para torná-la capaz de acolher todas as pessoas que, uma vez incluídas nessa sociedade em modificação, poderão ser atendidas em suas deficiências comuns e/ou especiais.
Dessa forma, integrar significa adaptar-se, acomodar-se, incorporar-se. Não é a melhor palavra porque se presume tratar-se de uma reunião de grupos diferentes. Reflete sempre uma ação do portador de deficiência para ‘tentar adaptar-se, incorporar-se, acomodar-se’. O mesmo não ocorre com a inclusão, já que significa envolver, fazer parte, pertencer. Representa uma ação da sociedade que vem envolver parte dessa mesma sociedade que está excluída por falta de condições adequadas. Significa trazer para dentro de um conjunto alguém que faz parte dela.
Vejam bem, meus queridos amigos, não se trata apenas, de uma mera troca de verbos, mas de um novo olhar sobre o portador de deficiência, como sendo alguém que cabe no ‘nós’, no ‘todos’. No momento em que alcançarmos esse patamar, a naturalidade diante da diversidade, do preconceito e da segregação será uma realidade. Como sempre me diz uma amiga querida: ‘Diferentes sim, nunca desiguais.
Posto isso, deixo a vocês o texto muito interessante que, segundo o site www.defnet.org, foi extraído de uma home page da Cerebral Palsy Association of Wstern Austrália Ltd., e traduzido pela Drª Monica Avila de Carvalho, mãe de Manuela, em Cambuquira, MG, em 30/12/95. Espero que apreciem. Boa leitura:



BEM VINDO À HOLANDA
Freqüentemente sou solicitada a descrever a experiência de dar à luz a uma criança com deficiência. Uma tentativa de ajudar pessoas que não tem com quem compartilhar essa experiência única, a entendê-la e imaginar como é vivenciá-la.
Seria como...

Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias para a Itália! Você compra montes de guias e faz planos maravilhosos! O Coliseu... O Davi de Michelangelo! As gôndolas de Veneza! Você pode até aprender algumas frases em italiano. É tudo muito excitante.
Após meses de antecipação, finalmente chega o grande dia! Você arruma suas malas e embarca. Algumas horas depois você aterrissa. O comissário de bordo chega e diz:
-"Bem vindo à Holanda."
-"Holanda!?!" - diz você. -"O que quer dizer com Holanda ? Eu escolhi a Itália! Eu devia ter conhecido a Itália. Toda minha vida eu sonhei conhecer a Itália.
Mas houve uma mudança no plano de vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar.
A coisa mais importante é que eles não te levaram a um lugar horrível, desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente.
Logo, você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma nova linguagem. E você irá encontrar todo um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes.
É apenas um lugar diferente. É mais baixo e menos ensolarado que a Itália, mas após alguns minutos você pode respirar fundo e olhar ao redor, começar a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrants e Van Goghs.
Mas todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália, estão sempre comentando sobre o tempo maravilhoso que passaram lá. E por toda a sua vida você dirá: -"Sim, era onde eu deveria estar, era tudo que eu havia planejado."
E a dor que isso causa nunca, nunca irá embora, porque a perda desse sonho é uma perda extremamente significativa.
Porém, se você passar a sua vida remoendo o fato de não ter chegado à Itália, nunca estará livre para apreciar as coisas belas e muito especiais sobre a Holanda.
‘Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito de sermos diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza’. (Boaventura de Souza Santos)
É isso ai pessoal... ´é aí que sempre me refiro’.
BjoOo grande... Sempre Paz.
Profª Jeana Andréa

domingo, 11 de março de 2012

Minhas férias pula uma linha, parágrafo




Queridos leitores e amigos, depois de um ‘tempinho’ afastada de publicações do blog O Desafio de Ser Professor, retorno desejando um 2012 repleto de realizações e dando boas vindas a todos os novos seguidores que estão chegando.
Esse ano promete muita coisa boa, e parte dela já esta acontecendo em todos os âmbitos. Novos projetos, novos horizontes, meu ano de formatura em minha segunda graduação e segunda pós-graduação...  Estou muitíssimo animada, depois de um período angustiante em esperar mais algumas aulas. Mas quem é professor ACT (admitido em caráter temporário) vai entender perfeitamente do que digo, rsrs.
Mas vamos lá... sempre seguindo... sempre adiante... sempre avançando. Afinal, não podemos errar, lidamos com pessoas, não com máquinas. Quando se lida com máquinas, pode-se refazer, jogar a velha fora e fazer outra, etc. Quando se trabalhar com o Ser Humano, precisamos procurar acertar, pois não temos noção da projeção que isso pode repercutir na vida desse ser.
E brindando esse ano novo que está sorrindo para todos nós, escolhi uma história maravilhosa que conheci há uns dez anos atrás e acho fascinante (fascinante como é contada, mas sua lição é enorme e novamente nos remete a reflexão de como atingimos nossos educandos). Estamos realmente preparando-os para a vida ou nos preocupamos com um sistema que está preocupado com conteúdos e notas? Vamos lá, acompanhar a história?

 ‘Minhas férias pula uma linha, parágrafo’ (Christiane Gribe)


O primeiro dia de aula é o dia que eu mais gosto em segundo lugar. O que eu mais gosto em primeiro é o último, porque no dia seguinte chegam as férias. Os dois são os melhores dias na escola porque a gente nem tem aula. No primeiro dia não dá para ter aula porque o nosso corpo está na escola, mas a nossa cabeça ainda está de férias. E no último, também não dá para ter aula porque o nosso corpo está na escola, mas a nossa cabeça já está nas férias. Era o primeiro dia e era para ser a aula de português, mas não era porque todo mundo estava contando das férias. E como todo mundo queria contar mais do que ouvir, o barulho na classe estava mesmo ensurdecedor. O que explica o fato de ninguém ter escutado a professora gritando para a gente parar de gritar. Todo mundo estava bem surdo mesmo. Mas quando ela bateu com os livros em cima da mesa a nossa surdez passou e todo mundo olhou para ela. Ela estava em pé, na frente do quadro-negro e ficou em silêncio, com uma cara bem brava, olhando para a gente. Quando um professor está em silêncio com uma cara bem brava olhando para você, é melhor também ficar em silêncio com uma cara de sem graça olhando para um ponto qualquer que não seja a cara brava do professor. A professora puxou a cadeira dela e se sentou. Atrás dela, no quadro-negro, eu vi decretado o fim das nossas férias e o fim do nosso primeiro dia de aula sem aula. Estava escrito: Redação: escrever trinta linhas sobre as férias. Eu sabia que as férias de ninguém iam ser mais as mesmas na hora que virassem redação. É simples: férias é legal, redação é chato. Quando a gente transforma as nossas férias numa redação, elas não são mais as nossas férias, são a nossa redação. Perdem toda a graça. Todo mundo tirou o caderno de dentro da mochila. Menos eu. Eu fiquei olhando para aquela frase no quadro enquanto os zíperes e velcros das mochilas eram os únicos barulhos na sala. De repente as nossas férias ficaram silenciosas. Onde já se viu férias sem barulho? Além do mais, eu tenho certeza de que a professora nem quer saber de verdade como foram as nossas férias. Ela quer só saber como é a nossa letra e se a gente tem jeito para escrever redação. Aqueles dois meses inteirinhos de despreocupações estavam prestes a virar trinta linhas de preocupações com acentos, vírgulas, parágrafos e ainda por cima com a letra ilegível depois de tanto tempo sem treino. 

A turma inteira já estava escrevendo quando eu percebi que a professora estava só olhando para mim. Quando um professor fica parado só olhando para você é porque você tinha estar fazendo outra coisa que não era o que você estava fazendo. A outra coisa que eu tinha que estar fazendo era minha redação. Então eu puxei a minha mochila e peguei o caderno. É claro que minha mochila tem o fecho de velcro e que todo mundo olhou para mim quando eu abri. Só a professora que não olhou de novo porque ela já estava olhando antes mesmo.
Peguei a caneta. Eu nem sabia mais segurar direito a caneta. Escrevi: Minhas Férias
Mas a letra ficou péssima e eu resolvi arrancar a folha para começar bem o meu caderno. E todo mundo olhou de novo para mim, até a professora que já tinha parado de me olhar. Troquei a caneta por um lápis, porque se a letra ficasse horrível era só apagar em vez de ter que arrancar outra folha. Coloquei as minhas férias lá no alto e bem no meio da página. Pulei uma linha. Parágrafo. 
Minhas férias
Outro problema de transformar as nossas férias em redação é fazer os dois meses caberem nas tais trinta linhas. Porque se a gente fosse contar mesmo tudo o que aconteceu, as trinta linhas iam servir só para um dia de férias e olhe lá. E aí você olha para o seu relógio e descobre que as trinta linhas, que pareciam poucas para contar todas as suas férias, viram muitas porque você só tem mais 15 minutos de aula para fazer a redação. Começar as férias é a coisa mais fácil do mundo. Em compensação, começar redação sobre as férias é tão difícil quanto começar as aulas. Fiquei me lembrando como é que eu tinha começado as minhas férias de verdade. Assim eu podia começar a redação do mesmo jeito. Mas eu comecei as minhas férias de verdade arrumando a mala para ir para a casa do meu avô. E agora só faltavam 12 minutos para terminar a aula. Em 12 minutos eu não ia conseguir arrumar a mala. Pelo menos não do jeito que a minha mãe gosta que eu arrume. Então decidi começar as férias de minha redação direto da casa do meu avô. 
Minhas férias
Eu sempre adoro as minhas férias na casa do meu avô. Principalmente porque não tem aula. Não. Talvez seja um começo de redação muito pesado para o começo das aulas.
Minhas férias
Eu sempre adoro as minhas férias na casa do meu avô. Lá tem um campinho de futebol bem legal e uma turma de amigos bem grande. Isso é perfeito porque um campinho sem uma turma grande não serve para nada. E uma turma grande sem campinho não cabe em lugar nenhum que não seja um campinho. A gente passa o dia todo jogando futebol e só para de jogar quando já está escuro e não dá mais para ver a bola. Então já é hora de jantar. Depois do jantar, os meus melhores amigos da turma vão para a casa do meu avô e a gente pode continuar jogando, só que futebol de botão que não dá indigestão. Aí, a gente pode jogar até tarde porque no dia seguinte não tem aula. É por isso que férias é bom. Achei que desse jeito a minha observação a respeito das aulas ficava mais sutil. Continuei. Teve um dia que eu fiz um golaço. Não no futebol de botão, no de verdade. O gol veio de um passe de craque do Paulinho que é o meu melhor amigo entre os meus melhores amigos da turma. Você sabe que para jogar futebol não adianta só ser bom de bola. Tem que ter tatica. O Paulinho driblou um, dois e eu vi que ele ia passar pelo terceiro. Ele também me viu. Aí eu me enfiei pela esquerda e recebi a bola. Chutei direto. Eu fiz um golaço tão grande que furou a rede e estilhaçou em mil pedaços a janela do vizinho. Deu a maior confusão porque enquanto a turma pulava o vizinho apareceu bravo com abola em baixo do braço e a mulher dele veio atrás. Eu tive até que parar com a minha comemoração. Mas a mulher do vizinho que veio atrás dele falou para ele que criança é assim mesmo e que a gente estava só se divertindo e que ninguém fez aquilo de propósito. E era verdade mesmo porque a culpa nossa da rede ter furado. E aí acabou ficando tudo bem. O meu vizinho devolveu a bola, verificou a rede e disse que o meu gol foi mesmo um golaço mas que era para a gente tomar mais cuidado com as janelas da casa do lado. O sinal tocou bem nessa hora. Eu nem contei quantas linhas eu tinha escrito porque não ia dar tempo de mudar nada mesmo. Arranquei a folha e dei as minhas férias para a professora.

Depois da aula de português vinha aula dupla de educação física. A maior sorte que se pode ter num primeiro dia de aula é ter aula dupla de educação física. Dá até para ficar contente de ter voltado para a escola. E dá até para acreditar quando a nossa mãe fala que essa é a melhor época de nossa vida, quando ela faz aquele discurso que toda mãe faz. Discurso: “Aproveita, meu filho. Essa é a melhor época da sua vida. Ir para a escola é uma delícia. Quando você crescer vai se lembrar da escola e sentir uma saudade danada.” Minha mãe diz que é para aproveitar a escola porque depois que a gente cresce a gente fica cheio de problemas para resolver. Aí é que está. Eu ainda nem cresci e já estou cheio de problemas. Só no ano passado eu tive quer resolver 187. E não foi nem para mim. Foi para o professor de matemática. 

A semana passou bem rápido e quando a gente viu já era sexta-feira. Ter chegado a sexta-feira era ótimo. Agora só faltavam mais dezenove semanas para as próximas férias. A única coisa ruim é que na sexta eu tinha aula dupla de português e a professora ia trazer as nossas redações de volta. Quando a professora entrou na sala eu tinha acabado de puxar o elástico do sutiã da Mariana Guedes. Agora a moda das meninas era usar sutiã por baixo da camiseta. E a nossa moda era puxar o elástico para o sutiã estalar bem nas costas delas. Eu corri e a Mariana Guedes me jogou uma borracha bem na cara. Mas a professora foi olhar para a gente só na hora que eu joguei a borracha de volta. E aquela Mariana Guedes ainda abaixou e a borracha passou bem perto dos óculos da professora. A professora ficou me olhando de novo, igual no dia da redação, e então eu me sentei esperando uma daquelas broncas humilhantes no meio da classe. Mas a professora não falou nada. Quando você apronta uma dessas e o professor não fala nada, não é porque o professor é um cara bem legal. É que o que vem pela frente é pior do que o pior que você imaginava. O pior foi colocado bem em cima da minha mesa. As minhas férias, que tinham sido perfeitas para mim, não chegaram nem perto de terem sido boas para a professora. Elas voltaram cheias de defeitos. Faltou um esse no passe de craque do Paulinho, um acento na minha tática e a minha comemoração eu escrevi com tanta empolgação que acabou saindo com dois esses em vez de cê-cedilha. E o pior do que eu imaginava foi o que ela fez com o meu golaço que estilhaçou em mil pedaços a janela do vizinho. Ela disse que “em mil pedaços” é um adjunto adverbial e que tinha que ficar entre vírgulas. Eu olhei na Gramática e lá estava explicado que um adjunto adverbial é um termo acessório e a gente pode eliminar aquela parte da frase que ela continua a fazer sentido. Eu queria ver a professora dizendo para o meu vizinho que aqueles mil pedacinhos da janela dele eram só um adjunto adverbial. E tem mais uma coisa: eu estava de férias. Era muito mais importante marcar o gol do que as vírgulas, concorda? E as minhas férias ficaram assim:

Minhas férias
Eu sempre adoro as minhas férias na casa do meu avô. Lá tem um campinho de futebol bem legal e uma turma de amigos bem grande. Isso é perfeito porque um campinho sem uma turma grande não serve para nada. E uma turma grande sem campinho não cabe em lugar nenhum que não seja um campinho. A gente passa o dia todo jogando futebol e só para de jogar quando já está escuro e não dá mais para ver a bola. Então já é hora de jantar. Depois do jantar, os meus melhores amigos da turma vão para a casa do meu avô e a gente pode continuar jogando, só que futebol de botão que não dá indigestão. Aí, a gente pode jogar até tarde porque no dia seguinte não tem aula. É por isso que férias é bom. Teve um dia que eu fiz um golaço. Não no futebol de botão, no de verdade. O gol veio de um passe de craque do Paulinho que é o meu melhor amigo (entre os meus melhores amigos) da turma. Você sabe que para jogar futebol não adianta só ser bom de bola. Tem que ter tática. O Paulinho driblou um, dois e eu vi que ele ia passar pelo terceiro. Ele também me viu. Aí eu me enfiei pela esquerda e recebi a bola. Chutei direto. Eu fiz um golaço tão grande que furou a rede e estilhaçou, em mil pedaços, a janela do vizinho. Deu a maior confusão porque enquanto a turma pulava o vizinho apareceu bravo com abola em baixo do braço e a mulher dele veio atrás. Eu tive até que parar com a minha comemoração. Mas a mulher do vizinho que veio atrás dele falou (para ele) que criança é assim mesmo e que a gente estava só se divertindo e que ninguém fez aquilo de propósito. E era verdade mesmo porque a culpa não foi nossa da rede ter furado. E aí acabou ficando tudo bem. O meu vizinho devolveu a bola, verificou a rede e disse que o meu gol foi mesmo um golaço, mas que era para a gente tomar mais cuidado com as janelas da casa do lado.
(No texto original a redação do garoto vem toda riscada com as observações da professora)
A professora não fez nenhum outro comentário sobre o que eu tinha escrito. Para ela tanto fazia se o meu gol tinha sido um golaço ou um frango do goleiro. Eu fiquei bem chateado. Ela tinha acabado com as minhas férias. Isso significava que era a terceira vez que as minhas férias acabavam numa semana só. Não podia existir nada pior do que isso na vida de um garoto de 11 anos. Mas existia. 

No final da aula a professora me chamou na mesa dela. Eu tinha que fazer de lição para segunda-feira a análise sintática da frase: “Eu fiz um golaço tão grande que até furou a rede e estilhaçou, em mil pedaços, a janela do vizinho”. Era o fim. As minhas férias já tinham virado redação e agora acabavam de virar lição de casa. E uma lição dificílima. Fazer análise sintática! Eu nem lembrava mais o que era isso. Do jeito que as coisas vão, quando chegarem as minhas próximas férias eu não vou saber se é para ficar feliz ou triste. Eu vou falar “ah, não, férias me lembram redação e lição de casa” e ninguém vai entender nada. Então eu pensei que ainda bem que amanhã era sábado. Eu já comecei a me lembrar de que a turma do prédio tinha marcado pólo aquático na piscina. Peguei a minha mochila e saí correndo para não perder o ônibus para casa. Não me lembro se a professora continuou em sala ou não. Eu só me lembro que eu fui o último a sair. O fim de semana me fez esquecer da escola e da primeira semana de aula, o que foi bom. O único detalhe é foi que eu também acabei esquecendo da lição de português. E na segunda de manhã eu tive que fazer tudo correndo quando cheguei na escola, antes de tocar o sinal. Análise sintática já é uma coisa bem complicada quando você tem que fazer o exercício logo depois que a professora acabou de explicar como se faz. Imagina fazer depois das férias de verão quando você mudou da quinta para a sexta série mas nem se lembra como é que passou de ano. Eu peguei o meu caderno e escrevi a minha frase. Eu fiz um golaço tão grande que até furou a rede e estilhaçou, em mil pedaços, a janela do vizinho. Depois eu fui escrevendo o que eu me lembrava que tinha que ter numa análise sintática. 
Sujeito: Predicado: Objeto direto: Objeto indireto: Partícula apassivadora: 
Isso era tudo o que eu me lembrava. Então eu comecei a escrever do lado de cada coisa dessas uma análise sintática. Pus lá:
Sujeito: O meu vizinho. Que é realmente um sujeito de meter medo apesar de eu achar que ele deve ser legal porque está casado há um tempão com a mulher dele que é bem legal. 
Predicado: O meu vizinho de novo. Isso, se a gente colocar no meio dessa palavra a sílaba JU e então a palavra vira prejudicado porque ele foi mesmo o grande prejudicado dessa história. Objeto direto: A bola. Nem precisa explicar por quê. 
Objeto indireto: Eu. Porque a janela quebrou em mil pedaços por causa do meu chute, mas na verdade foi culpa da rede que furou.
Partícula apassivadora: Essa era a mulher do meu vizinho que apassivou a briga e se você reparar como ela é pequena eu acho que partícula é o que ela é.
Pronto. Acabei a lição e o sinal nem tinha tocado ainda. Fechei o meu caderno. Depois eu abri de novo. Lembrei-me de mais uma coisa que tinha na análise sintática e escrevi: 
Adjunto adverbial: em mil pedaços.
No final da aula de português eu deixei a minha lição na mesa da professora e fui para a minha aula dupla de educação física. 
Sete
Na minha aula dupla de português da sexta-feira, a professora me entregou a análise sintática. Eu tirei zero e tive que escrever toda essa história contando tudo isso que aconteceu para você. Ela me disse que você é que ia decidir o que fazer comigo, porque você é o Diretor dessa escola e ela não sabia que atitude tomar. Foi isso. 
Assinado Guilherme Pontes Pereira 6a. série B – Manhã 
No dia seguinte o Diretor me chamou na sala dele. Ele já tinha lido toda a história que eu escrevi e eu já estava pensando no que eu ia dizer para os meus pais quando ele me expulsasse da escola. Eu ia dizer: - Mãe, pai, fui expulso da escola. Eu entrei na sala do Diretor e me sentei na cadeira bem na frente dele. Quer dizer, na frente mais ou menos, porque era uma daquelas cadeironas que a gente afunda dentro, então o porta-lápis, que ficava na mesa do diretor, tapava a cara dele até o nariz. Mas ele chegou o porta-lápis para o lado e eu consegui olhar para ele bem de frente. E ele disse: - Guilherme, eu fiquei muito impressionado com a história que você escreveu. Você precisa fazer mais redações. Então ele me mandou de volta para a sala de aula. Eu fiquei pensando muito nisso tudo porque no começo eu não estava entendendo nada. Mas depois eu descobri por que escolheram aquele cara para ser o Diretor. Ele é bem inteligente. Fazer mais redações era mesmo um castigo muito pior do que ser expulso da escola’.

Queridos amigos e leitores, é ai que me refiro sempre...
Um grande beijo no coração de todos... (assistam aos vídeos, adoro-os... Permitam-se sonhar sempre...)
Paz... Sempre Paz...
Profª Jeana Andréa



sábado, 24 de dezembro de 2011

Minha mensagem ao término de mais um ciclo




Olá queridos (as) amigos (as) e leitores (as)...
Venho nesse momento deixar minha simples mensagem de Natal...
Ela é simples e direta:

SABE, NÓS SOMOS, CADA UM DE NÓS, MUITO ESPECIAIS. E SABE POR QUÊ? PORQUE SOMOS ÚNICOS E CAMPEÕES POR NATUREZA.

Mesmo antes de nascermos, já somos merecedores de uma medalha de ouro!
Sim, pois em nossa concepção, concorremos com mais de 360 milhões de espermatozoides e chegamos entre os 100 primeiros colocados. E mesmo contra todas as probabilidades, fomos os primeiros, de uma corrida onde não existe 2º lugar.
Nós nascemos para sermos vencedores!
Já fomos um embrião com apenas uma célula e hoje, somos mais de 60 trilhões de células. Completamente saudáveis! Temos mais células que todo o número de estrelas do universo.
É...meus amigos... nós nascemos para ter vida!!!
O corpo que vestimos foi agraciado com 200 ossos, 560 músculos e mais de 8 km de fibras nervosas!
Temos 4 milhões de estruturas sensíveis ao tato. Podemos perceber as temperaturas, as vibrações e tudo mais necessário para nossa sobrevivência.
O sangue que circula em nosso corpo percorre em único dia, mais de 270 mil km: desloca-se entre mais de 70 mil veias, artérias e vasos capilares. Em apenas um litro de nosso sangue encontram-se mais de 1 trilhão de células, levando vida ao nosso organismo.
Nossos pulmões inalam 23 mil vezes ao dia e têm mais de 6 milhões de bolsões purificando o ar que necessitamos para a vida.
O nosso coração, possui 4 compartimentos com a capacidade de bombear mais de 2 milhões de litros de sangue para o corpo durante um ano. Nosso coração, em um único dia bate mais de 100 mil vezes, algo próximo de 36 milhões de batidas por ano.
Nossos olhos possuem mais de 100 milhões de receptores, que nos possibilitam distinguir o dia da noite, as cores e tudo mais que é belo e sublime.
Nossa pele se renova a cada micro segundo, se renovando sempre e exatamente igual a que possuímos.
Nossos ouvidos possuem 24 mil fibras que vibram a cada som, a cada palavra.
Nosso cérebro... Ah! Nosso cérebro possui mais de 13 bilhões de células nervosas. Nosso sistema nervoso contém cerca de 28 bilhões de neurônios e cada neurônio é um minúsculo computador autossuficiente, com capacidade de atacar diversos problemas, simultaneamente.
SOMOS OU NÃO SOMOS, CADA UM DE NÓS MUITO ESPECIAIS???
Há dúvidas ainda de que somos vencedores?
Tudo em nós é grandeza! Somos superlativos!
Às vezes nos o que nos falta, é a capacidade de fazer uso de todos esses recursos que nos foram colocados à nossa disposição.
Por tanto, creia, o “EU POSSO” é uma sentença poderosa. Acredite!
Decida-se pelo sucesso, e você será realmente aquele vencedor por opção.
Semeie o bem. Semear também é opcional, mas a colheita, esta, é obrigatória!
Seja perseverante, nada no mundo pode substituir a perseverança!
Pratique o pensamento promissor! Pense harmonicamente! Pense em prosperidade! Sonhe sempre os melhores sonhos!
Acredite, o sucesso gravita em torno daqueles cujas mentes estão abertas positivamente.
Tenha aparência de vencedor! Afinal você é um vencedor! Sorria! O sorriso lhe fará mais saudável, mais definitivo! Não existe rosto sorridente que não seja bonito! A alegria tem o poder de contagiar. Sorrindo tudo funciona melhor. Sorria, experimente e encontrará PAZ!
O sucesso adora uma atitude promissora e, afinal, se nascemos vencedores, porque medrar às delícias dessa grande vitória que é a VIDA?
Use seu talento para tornar esse mundo um pouco melhor, não seja egoísta jamais... Se nada mais puder partilhar, partilhe ESPERANÇA!
DEUS, VOCÊ E O SUCESSO estão definitivamente ligados. DEUS é fonte inesgotável de tudo.
DEUS é também, o único juiz permanente e digno de confiança. DEUS jamais traiu suas criaturas.
O fracasso pode lhe enfrentar, mas jamais lhe deterá. DEUS há de sempre lhe surpreender com uma alternativa inesperada. Nunca ninguém acreditará tanto em você, como DEUS.
Sintonize seus pensamentos em DEUS e aproveite o momento presente para sorrir... Tenha certeza de todas as prerrogativas da afirmação de que você pode não ser o dono do mundo, mas, é o filho do dono, é filho de DEUS, é o herdeiro disso tudo que aqui se encontra. Zele por tudo o que aqui existe...
Não esqueça nunca: “A vida é simples, viver só não é mais simples, porque teimamos em torná-la complicada! ’
Somos ou não somos absolutamente especiais?
Olhe sempre para o céu, observe as estrelas e não se contente com menos do que você merece. Afinal, depois disso tudo, você é ou não é um vencedor? Pense nisso e paute sua vida sempre na PAZ, no RESPEITO ao ‘SER’ HUMANO e toda forma de vida existente, mas principalmente no AMOR!!!

Lindo Natal e um 2012 rico e abundante em todos os âmbitos.
Gratidão a todos que caminharam comigo nesse ano.
BjOo grande.
Paz... Sempre Paz, é aí que vou me referir sempre!!! (assistam aos vídeos, são lindos e são meus maiores desejos para todos)
Profª Jeana Andréa