Hoje vou abordar um assunto bem conhecido e pertinente no meio educacional:
OS QUATROS PILARES DA EDUCAÇÃO.
O ensino de qualidade que a sociedade demanda hoje exige dos educadores uma postura educativa que se adeque às necessidades culturais, sociais, políticas e econômicas e que priorize o interesse dos educandos, possibilitando dessa forma uma educação para todos e com base e interesses coletivos.
Para delinear a escola necessária, nos dias de hoje, é preciso pensar o homem, a mulher, o presente, o futuro, a função do conhecimento no mundo, principalmente as relações humanas e os valores que regem a consciência do mundo.
A Nova Era surge batizada de diferentes formas: Era do Conhecimento, Era da Comunicação, Era da Informação – indicando, sobretudo a necessidade de uma revisão do papel do Ser Humano. É preciso repensar, ressentir, reagir...
A educação precisa desencadear uma nova caminhada. Porém, não podemos contentar em sermos instrumentos de mera adaptação, faz-se necessário e urgente que desenvolvamos uma visão projetada para o futuro, para que a educação possa ser mais um instrumento de transformação do mundo e das condições humanas.
Para tanto, em 1990 na Tailândia, durante a Conferência Mundial de Educação para todos, a Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura, UNESCO, reuniu alguns dos maiores pensadores do mundo na Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors, que produziu o relatório "Educação: um tesouro a descobrir" (Delors et al., 1996).
A Comissão destacou Quatro Pilares que são as bases da educação ao longo de toda a vida e que servem de orientação para as instituições de ensino implementarem uma metodologia inovadora baseada no desenvolvimento de competências que privilegia um desenvolvimento integral da pessoa capacitando-a para atuar de forma responsável e eficaz na sociedade.
Jacques Delors, num resumo comentado que fez deste relatório, diz que a Comissão entendeu desde o início que era essencial mudar a idéia que se tem atualmente da educação para uma nova concepção ampliada de educação que “devia fazer com que todos pudessem descobrir, reanimar e fortalecer o seu potencial criativo – revelar o tesouro escondido em cada um de nós”.
Isto supõe que se ultrapasse a visão puramente instrumental da educação, considerada como a via obrigatória para obter certos resultados (saber fazer, aquisição de capacidades diversas, fins de ordem econômica), e se passe a considerá-la em toda sua plenitude: realização da pessoa que, na sua totalidade, aprende a ser.
Delors diz que já não é possível nem adequada uma educação puramente quantitativa com uma bagagem escolar cada vez mais pesada. E que não basta uma acumulação no início da vida de uma quantidade de conhecimentos, mas antes é ‘necessário estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar, aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar a um mundo de mudanças’.
A Comissão chefiada por Delors identificou, então, quatro aprendizagens fundamentais, que podemos chamar também de quatro competências, em torno das quais a educação deve organizar-se para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, e para que cada indivíduo possa ter uma bagagem que lhe sirva ao longo da vida para o seu sucesso e para o sucesso da sociedade. Esses Pilares são: ‘aprender a conhecer’, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; ‘aprender a fazer’, para poder agir sobre o meio envolvente; ‘aprender a viver juntos’, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente ‘aprender a ser’, via essencial que integra as três precedentes.
Sobre essas quatro aprendizagens fundamentais, a Comissão escreve que aprender para conhecer supõe aprender a aprender, exercitando a atenção, a memória e o pensamento. Enquanto que para aprender a fazer é necessário combinar a qualificação técnica de realizar uma tarefa com o comportamento social, a aptidão para o trabalho em equipa, a capacidade de iniciativa e o gosto pelo risco. Sobre aprender a viver com os outros, a comissão entende que é um dos maiores desafios da educação devido à violência que impera no mundo, principalmente visível no potencial de autodestruição criado pela humanidade no decorrer do século XX. Assim a Comissão propõe duas estratégias para, através da educação, criar nas pessoas o espírito de tolerância, cooperação e de não-violência: a descoberta progressiva do outro e a participação em projetos comuns. Aprender a ser, segundo a Comissão, supõe o desenvolvimento total da pessoa que deve ser preparada principalmente para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesma, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.
Os quatro pilares da educação devem ser a base ao longo de toda a vida:
• Aprender a conhecer, é o mesmo que aprender a aprender, para se beneficiar das oportunidades oferecidas;
• Aprender a fazer, tornar as pessoas aptas a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe, não somente uma qualificação profissional;
• Aprender a viver juntos, desenvolver a compreensão do outro e a percepção das interdependências, realizar projetos comuns, nos valores do pluralismo e da compreensão mutua de paz;
• Aprender a ser, desenvolver sua personalidade, maior capacidade, responsabilidade pessoal.
Linda semana pessoaL...
BjOo grande e gratidão sempre pela visita e carinho de todos!
Paz, sempre ... Paz...
‘A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.’ (Jean Piaget)
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